quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Unidos da Tijuca é campeã do carnaval do Rio

O desfile "pop" da Tijuca teve truques de mágica, “fogo dourado”, mafiosos, personagens de quadrinhos esquiando em plataformas e até uma homenagem ao cantor Michael Jackson, morto em 2009.

Mágica na avenida

A Tijuca desfilou com seis carros alegóricos e 3,6 mil componentes, divididos em 32 alas. A surpresa veio logo na comissão de frente. Um camarim gigante montado na avenida desafiou o público a descobrir os truques dos mágicos. Bailarinas usaram o ilusionismo para trocar de roupa em segundos, seis vezes a cada execução da coreografia. Os vestidos mudavam de estampa e de tecido, e formavam, juntos, o nome da escola.

Grávida, Adriane Galisteu acompanhou a bateria como rainha. Com uma peruca preta curta, a apresentadora se destacou no grupo em homenagem aos mafiosos e suas reuniões secretas e códigos de honra. A bateria, com integrantes vestidos com ternos pretos, fez uma paradinha para que um carro antigo passasse pelo caminho, com mafiosos de armas em punho.


Fogo dourado na folia

No abre-alas, a Tijuca mostrou o mistério do incêndio da biblioteca de Alexandria, instigando o público sobre o que estaria escrito nos papiros que foram queimados. O fogo foi simbolizado com um “efeito especial”: turbinas de ventilador embaixo do carro “sopravam” fios dourados pra cima, criando chamas no carro alegórico. Paredes móveis da biblioteca giravam e revelavam foliões que estavam dentro da estrutura.

Outros mistérios da história também foram contados na avenida, como as minas do Rei Salomão, o cavalo de Tróia e o desaparecimento da Arca Sagrada que guardava os dez mandamentos.

A escola também lembrou as fórmulas secretas da juventude e os mistérios da natureza, como a transformação de lagartas em borboletas. Chamou a atenção a ala que lembrava o mistério sobre o túmulo de Cleópatra. Escravos egípcios enfileirados puxavam, com cordas, um pequeno carro alegórico em homenagem à rainha.

Na terceira alegoria, os foliões brincaram de arqueologia, vasculhando vestígios dos antepassados. Placas na base do carro giravam, relevando outras faces que simbolizavam resquícios da história.

A identidade secreta de heróis de quadrinhos foi a brincadeira da quarta alegoria. Uma grande plataforma foi usada para que fantasiados de Batman esquiassem por ela. Inclinada, também foi usada para a escalada de homens-aranha.

Na ala sobre o mistério do Triângulo das Bermudas, um trocadilho: foliões com triângulos na cintura, onde bermudas estavam penduradas.

No penúltimo carro, que falava da área 51, a base militar no deserto de Nevada, foi feita uma homenagem a Michael Jackson, com um sósia fazendo “moonwalk” no carro. “Michael vive em todas as estrelas”, dizia uma placa no carro. Símbolo da escola, um pavão gigante fechou o desfile.

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