domingo, 10 de fevereiro de 2008

A JUSTIÇA FOI FEITA

Nem tudo que cimeça ruim pode acabar pior. A justiça foi feita e o samba saiu ganhando. Curitiba tem sua campeã.

O texto é da Mara Andrich para o Paraná online
A escola de samba Acadêmicos da Realeza é a campeã do Carnaval de Curitiba, no grupo A, este ano. No grupo B, a escola vencedora foi a Leões da Mocidade. A disputa no grupo A foi acirrada: a Acadêmicos da Realeza venceu a Embaixadores da Alegria (que ganhou o título quatro anos seguidos) por um ponto e meio, apenas. No grupo B, o segundo lugar ficou com Os Internautas. A apuração do resultado do Carnaval de rua de Curitiba aconteceu ontem à tarde, sem incidentes, em um hotel no centro da cidade.
A escola vencedora do grupo A não ganhou por pouco nos últimos dois anos. O presidente da Acadêmicos da Realeza, Paulo Scheunemann, disse que deve o título à população e afirmou que o grande marco do concurso este ano foi a honestidade. “Ganharmos o título depois de quatro anos que a mesma escola vencia é uma prova de que existe honestidade.” Este é o 6.º título da escola, sempre no grupo especial. “Ganhar de uma escola que tem 60 anos é um mérito muito grande”, afirmou Scheunemann, referindo-se à vice-campeã, Embaixadores da Alegria.
A presidente da escola Embaixadores da Alegria, Susi D’Ávila, disse que o fato de um carro alegórico ter estragado na avenida fez com que o grupo perdesse mais pontos. “Isso estragou também a harmonia da escola. Foi uma fatalidade. Mas o desfile foi lindo, só que infelizmente não ganhamos o penta.” Já o presidente da Leões da Mocidade (vencedora do grupo B), Vilmar Alves, estava muito emocionado. “A verba é pouca, mas nossa garra é grande”, afirmou. Foi a primeira vez que a Leões concorreu, pois a escola é composta por remanescentes da Mocidade Azul, que está impedida de concorrer pela Justiça.
O responsável pela apuração e divulgação dos resultados do Carnaval de rua de Curitiba, Olinto Simão, ressaltou o clima tranqüilo em que a apuração aconteceu, ao contrário de anos anteriores. “Ver os adversários se cumprimentando é fantástico.” Simão fez críticas à Fundação Cultural de Curitiba, que segundo ele não deu o apoio necessário para o bom desenvolvimento da apuração. Não houve desclassificados na apuração, uma vez que as escolas que colocaram na avenida menos componentes do que o estipulado pela organização (a Unidos do Bairro Alto e a Falcões Independentes) receberão apenas penalidades jurídicas posteriormente.

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