domingo, 3 de fevereiro de 2008

CARNAVAL NA AVENIDA DE CURITIBA

Curitiba provou que pode sim ter carnaval, mostrar samba no pé, ter público, alegria, empolgação e também errar. Errar é humano.

Explico - no melhor da festa, com o público na empolagação entrou na avenida um postulado a fanfarra doutrinadora conhecida como (desculpem-me sambistas) Escola de Samba "Jesus Com à Beça". Foi, desculpem-me a chulice mas é o que saiu da boca de cada um, uma "brochada". Por cerca de uma interminável hora evoluiram ao comando de pastores uma das coisas mais estranhas que já presenciei no meu quase meio século de carnaval. O público arrefeceu, a arquibancada esvaziou.
Pior, na dispersão, foi montado um show em caminhão palco de uma
"gospelzinha" que com seu som quebrava o encanto de todos os sambistas.
Política à parte, democratismo prestou desserviço à cultura popular. Curitiba podia passar sem isso.

Como disse um consciente membro da comissão de carnaval - "Carnaval é laico. E ponto final" .

EDUARDO CRUZ


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